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O Meu 25 de Abril
Mein 25. April

Vier Zeitzeugen - zwei Portugiesinnen und zwei Deutsche - berichten darüber, wie sie die Nelkenrevolution und deren unmittelbaren Folgen erlebt haben: Regina Correia ist Lehrerin und Schriftstellerin und lebt seit einigen Jahren in Hamburg. Renata Silva ist Enkelin des deutschen Industriellen Joseph Feist (Solingen), deren Vater gleich zu Beginn des Naziregimes mit seiner portugiesischen Frau nach Lissabon emigrierte. Ihr Bruder Pedro Feist ist Lissabonner Stadtabgeordneter, während Renata Silva Historikerin ist und ehemalige Lehrerin an der Deutschen Schule Lissabon. Georg Laitenberger, jetzt Pastor in Aumühle, leitete von 1974 bis 1986 die Geschicke der Deutschen Evangelischen Gemeinde in Lissabon. Peter Koj war von 1976 bis 1983 an der Deutschen Schule Lissabon tätig.

Regina Correia: Liberdade,
Esperança, Dignidade, Felicidade

Com oito meses fui para Angola, para uma fazenda de café, nos Dembos, bem ao norte. Com sete anos vim sozinha para uma pequiníssima aldeia do concelho de Viseu, donde é originária a minha família, mas onde não conhecia vivalma, para frequentar a escola primária. Aos dez anos regressei a Angola, agora a Luanda, onde fiz os estudos liceais. Aos dezoite anos, de novo Portugal, então Lisboa, para estudar Filologia Germânica, na Faculdade de Letras.

Este persurso de vida "pendular" entre dois continentes, absorvendo, alternadamente e a seu tempo, os mundos rural e urbano da Metrópole e de Angola fez-me tomar consciência, bem cedo, da pesada cruz que os povos português, africano e luso-africano irremediavelmente carregavam.

Assim, a noite de 24 para 25 de Abril de 1974 foi, para mim, então com 23 anos e a terminar o curso universitário, em Lisboa, uma noite mágica e interminável. Realizava-se finalmente o sonho da LIBERDADE. O regime da bota de ferro da ditadura salazarista agonizava decrépito e caia de podre.

Como para tantos outros "estudantes ultramarinos", esta foi também a noite da ESPERANÇA. As colónias poderiam respirar a paz há treze anos aflitivamente desejada. Não mais se pronunciaria "guerra colonial" e "o soldadinho nunca mais voltaria do outro lado do mar, numa caixa de pinho".

(Infelizmente, por todas as razões do absurdo que a Humanidade sadicamente encontra para escravizar a sua própria natureza, as ex-colónias portuguesas, sobretudo a minha mártir Angola, têm sido, ao longo dos anos de "independência(?)", um joguete nas mãos assassinas dos poderes nacionais e internacionais!).

Lembro-me da euforia que experimentei ao ouvir na Rádio "Grândola, vila morena", do Zeca, bem como os comunicados do Comando das Forças Armadas, durante toda a madrugada. O próprio Dia 25 de Abril foi a festa do reencontro com a DIGNIDADE. Os cravos vermelhos nos canos das espingardas dos militares devolveram-me, então, o prazer de estar viva, por poder assistir activamente à nova e definitiva era histórica que este povo de lusa raiz e de universais flores e frutos encetaria, sem a voz amordaçada nem os braços tolhidos de impotência!

Vivi, na altura, instantes de inesquecível FELICIDADE, na rua, onde as gentes se misturavam, esquecidas de espartilhos políticos, sociais, religiosos, raciais, culturais ou de qualquer outra natureza, unidas tão simplesmente pelo desejo comum de não mais ser vencidas!

Hoje, "apesar de todos os pesares" que têm atrapalhado o caminho delineado pelo Sonho da Revolução dos Cravos, principalmente, o martírio que tem sido o quotidiano dos povos inocentes de algumas das ex-colónias africanas, retomo, feliz, o verso exemplar de Manuel Alegre "Minha vida toda a vida / por um só dia vivida."


Regina Correia:
Freiheit,Hoffnung, Würde, Glück

Mit acht Monaten ging ich nach Angola, auf eine Kaffeeplantage in Dembos, ganz im Norden. Mit sieben Jahren kam ich alleine in ein winziges Dorf im Bezirk Viseu, aus dem meine Familie stammt, aber wo ich keine Menschenseele kannte, um die Grundschule zu besuchen. Mit 10 Jahren kehrte ich nach Angola zurück, diesmal nach Luanda, wo ich auf das Gymnasium ging. Mit 18 Jahren erneut Portugal, diesmal Lissabon, um an der Universität Germanistik zu studieren.

Dieser "pendelnde" Lebenswandel zwischen zwei Kontinenten, wobei ich abwechselnd und jeweils zu seiner Zeit die ländliche und die städtische Welt des Mutterlandes und Angolas in mich aufnahm, entwickelte in mir sehr früh ein Bewußtsein für das schwere Kreuz, welches das portugiesische, das afrikanische und das luso-afrikanische Volk unausweichlich auf sich nahmen.

So war die Nacht vom 24. auf den 25. April 1974 für mich, die ich gerade 23 Jahre alt war und in Lissabon mein Studium abschloß, eine magische Nacht, die nie enden wollte. Endlich erfüllte sich der Traum von der FREIHEIT. Die Herrschaft des Stahlstiefels der salazaristischen Diktatur lag schwächlich im Todeskampf und zerfiel zu Staub.

Wie für so viele andere "überseeische Studenten" war dieses auch die Nacht der HOFFNUNG. Die Kolonien könnten nun den Frieden genießen, den sie sich seit 13 Jahren so sehnlichst herbeigewünscht hatten. Nie wieder würde man die Worte vom "Kolonialkrieg" hören und der "kleine Soldat würde niemals mehr vom anderen Ufer des Ozeans in einem Kasten aus Pinienholz (d.h. Sarg) zurückkehren".

(Unglücklicherweise und aus allen möglichen absurden Gründen, welche die Menschheit sadistischerweise findet, um ihr eigenes Wesen zu versklaven, sind die ehemaligen portugiesischen Kolonien, vor allem mein gequältes Angola, in den Jahren der "Unabhängigkeit(?)" ein Spielball in den mörderischen Händen der nationalen und internationalen Mächte geworden!).

Ich erninnere mich der Euforie, die ich empfand, als ich im Radio "Grândola, vila morena" von Zeca (d.h. José Afonso) hörte, ebenso wie die Verlautbarungen der Führung der Streitkräfte in den frühen Morgenstunden. Der eigentliche Tag des 25. April war das Fest der Wiederbegegnung mit der WÜRDE. Die roten Nelken in den Gewehrläufen des Militärs gaben mir damals das Gefühl der Lebensfreude zurück, der Freude, aktiv teilnehmen zu können, wie dieses Volk portugiesischer Herkunft und universaler Blumen und Früchte eine neue und definitive historische Ära beginnen würde - ohne geknebelte Stimme und ohne ohnmächtig baumelnde Arme.

Ich erlebte damals Momente unvergeßlichen GLÜCKS, auf der Straße, wo die Völker sich mischten, ohne an die politischen, sozialen, religiösen, rassischen, kulturellen und sonstige Korsettstangen zu denken, vereint ganz einfach durch den gemeinsamen Wunsch, niemals mehr besiegt zu werden.

Heute, "trotz der Kümmernisse", welche den vom Traum der Nelkenrevolution vorgezeichneten Weg behindert haben, vor allem das Martyrium, welche das täglich Brot der unschuldigen Völker einiger der ehemaligen afrikanischen Kolonien ist, zitiere ich voller Glück die Gedichtzeile von Manuel Alegre, die für alles steht: "Mein Leben für immer / nur wegen eines Tages, den ich erlebt habe".


Renata Silva:
Como eu vivi o dia 25 de Abril de 1974

Era um dia de semana e eu ia ter aulas na Escola Alemã. O meu filho mais novo tinha 20 meses e eu esperava, como habitualmente, que chegasse o "baby-sitter" que costumava ficar com ele, enquanto o meu marido e eu estávamos fora.

Manhãzinha cedo (ainda não eram seis horas), toca o telefone. Era a senhora, com uma voz bastante assustada, a dizer que era melhor não sair - só sabia que havia muitos militares nas ruas. Ligamos a rádio, mas só funciona o Rádio Clube Português, que pede às pessoas que se conservem em casa.

Espreito através da janela e vejo pouca gente. O meu marido chama-me: "Vem depressa! Outro comunicado na rádio!" Corro e ouço: "Aqui o Movimento das Forças Armadas que resolveu libertar a nação das forças que há muito dominavam. Viva Portugal!"

Os filhos mais velhos, que ainda são crianças, entretanto acordam e ficam a saber que algo se passa, mas não sabemos explicar bem o quê. E o telefone toca, toca ...

A pouco e pouco, durante o dia, soubemos que muitos militares estavam envolvidos naquela acção, que enchiam a cidade de Lisboa e que não houve praticamente resistência das forças governamentais. À tarde, o Quartel do Carmo era cercado e o Presidente do Conselho, Dr. Marcello Caetano, rendeu-se ao Capitão Salgueiro Maia. O Largo do Carmo ficou repleto de gente que, apesar dos avisos, saiu à rua.

Assim vivi este dia. No dia seguinte, a televisão mostrou-no um dos mais belos momentos humanos da história do povo português: a saida dos prisioneiros politicos de Caxias.


Renata Silva:
Wie ich den 25. April 1974 erlebt habe

Es war ein Wochentag und ich hätte Unterricht in der Deutschen Schule geben sollen. Mein jüngster Sohn war 20 Monate alt und ich wartete, wie üblich, daß die Babysitterin kommen sollte, die auf ihn aufpaßte, während mein Mann und ich außer Haus waren.

Am frühen Morgen (es war noch nicht sechs Uhr) klingelt das Telefon. Am Apparat die Babysitterin, die mit ziemlich verschreckter Stimme sagt, daß es besser sei, nicht rauszugehen - sie wüßte nur, daß es viel Militär auf den Straßen gäbe. Wir schalten das Radio ein, aber nur der Rádio Clube Português funktioniert. Er bittet die Menschen, ihre Häuser nicht zu verlassen.

Ich spähe durch die Fenster, aber ich sehe wenig Leute. Mein Mann ruft mich: "Komm schnell! Eine neue Mitteilung im Radio!" Ich renne und höre: "Hier ist die Bewegung der Streitkräfte, die sich entschlossen hat, die Nation von den Kräften zu befreien, die sie seit langem beherrschten. Es lebe Portugal!"

Unsere älteren Kinder, die aber noch klein sind, wachen inzwischen auf und erfahren, daß irgend etwas vorgeht, aber wir können schlecht erklären was. Und das Telefon klingelt, klingelt ...

Im Laufe des Tages erfuhren wir allmählich, daß viel Militär in diese Aktion einbezogen war, daß sie ganz Lissabon besetzt hätten und daß es praktisch keinen Widerstand der Regierungstruppen gegeben habe. Am Nachmittag wurde das GNR-Quartier am Carmo eingeschlossen und der Ministerpräsident, Dr. Marcello Caetano, ergab sich dem Kapitän Salgueiro Maia. Der Carmo-Platz war voller Menschen, die trotz der Warnungen auf die Straße gegangen waren.

So habe ich diesen Tag erlebt. Am nächsten Tag zeigte uns das Fernsehen einen der schönsten menschlichen Momente der Geschichte des portugiesischen Volkes: die Befreiung der politischen Häftlinge von Caxias.


Georg Laitenberger:
Wir kamen an. Nach dem 25. April 1974

Am 11. September 1974 kamen wir in Lissabon an. Es war eher selten damals, daß Leute so wie wir ankamen, ankamen, um vorerst einmal zu blieben. Auf dem Flughafen stand später der Satz, farbgesprüht: O último a deixar Portugal apague a luz - Der letzte der Portugal verläßt, mache bitte das Licht aus!

Die neue Pastorenfamilie für die Deutsche Evangelische Kirche wurde mit großen Erwartungen empfangen. Mit den drei Kindern kamen wir an, sechs, acht und zehn. Es war eine völlig offene Situation; keiner wußte, was wird. Am wenigsten die, die da ankamen. Aber auch die, von denen sie empfangen wurden, waren verunsichert. Die lange hier als deutsche Ausländer gelebt hatten, sahen jahrzehntelange Selbstverständlichkeiten von heute auf morgen verschwinden.

Demokratie, Sozialismus waren die Schlagworte. Wer konnte das schon einordnen? Paz, pão e liberdade - Friede, Brot und Freiheit - sagten die Portugiesen und sangen vom Volk, das die Reihen schließt auf dem Weg in die Freiheit. Somos livres, somos livres - wir sind frei, wir sind frei ... Faszinierend war das, streckenweise wie ein großes Volksfest. Etwas war in Bewegung gekommen, große Hoffnungen geweckt, das spürte man an allen Ecken und Enden.

Gleichzeitig agitierten und konspirierten Militärs und Politiker, golpes und manifestações gab es, Demonstrationen und undurchsichtige Manöver. Und wir verstanden kaum portugiesisch. Vierzehn Tage, drei Wochen nach unserer Ankunft, am 28. September, plötzlich eine fast menschenleere Baixa. Warum? Wir waren jedenfalls zunächst davon überrascht. Der deutsche Botschafter auf einem Spaziergang von der Volksmiliz festgehalten? Waffen in Särgen transportiert? Gerüchte über Gerüchte. Was steckte dahinter?

Ein paar Tage später. Ein neuer Staatspräsident, Umbildung der provisorischen Regierung. Auch Ausländer kamen ins Visier. Ausländische Firmen wurden besetzt, nicht nur portugiesische, die Chefs festgehalten. Undurchsichtig alles für uns, aber auch für die deutschen Gemeindemitglieder, die unsere ersten Kontaktpersonen waren. Als dann im Oktober die Deutsche Schule begann, beim Warten mit den Kindern auf den Schulbus: immer wieder war morgens ein Kind nicht mehr da; die Familie hatte Portugal verlassen, ohne Ankündigung. In was für eine Anarchie waren wir geraten?

Aber wir waren erst mal da. Und der Pfarrer geht erst weg, wenn kein Gemeindemitglied mehr da ist. Wie es weitergeht, weiß keiner - das war die häufigste Analyse, die man für uns bereit hatte. Wir wußten es natürlich auch nicht. Welche politischen Kräfte würden sich durchsetzen? Parteien schossen wie Pilze aus dem Boden, von Wahlen war man noch weit weg. Vieles war beunruhigend. Fels in der Brandung für uns war der Gemeindekirchrat, seine Mitglieder, die Ruhe bewahrten, besonders der langjährige Vorsitzende Kurt Schickert, 75 Jahre alt damals, ein Mann mit großem Weitblick und einer bewunderswerten Offenheit. Das Jahr 1974 wurde kein Bruch in der über 200jährigen Geschichte der Deutschen Evangelischen Kirche in Lissabon. Das war auch Kurt Schickert zu verdanken.

Ein chaotischer, ein anarchischer Einstieg. Und doch faszinierend. Eine große Motivation, sich mit der Politik dieses Landes intensiv zu befassen, mit großer Anteilnahme, es betraf uns ja auch. Als Ausländer standen wir natürlich immer auch daneben. Bis wir mit Portugiesen sprechen konnten, das dauerte seine Zeit. Viele Diskussionen gab es mit den anderen Deutschen, die Kirche war ein nicht unwichtige Treffpunkt zum Austausch von Informationen. Man brauchte nach dem Gottesdienst den "Kirchenkaffee". Der neue Pfarrer war gefragt. Das war dann natürlich auch ein guter Einstieg.

Vieles kam in Bewegung. Wo stehen wir als Ausländer in dieser politischen Entwicklung? Trauern wir vergangenen Privilegien nach? Wissen wir es besser als die Portugiesen? Wie gehen wir miteinander um bei unserer sehr verschiedenen Verwicklung in die portugiesische Situation? Z.B. Vertreter deutscher Firmen oder deutsche Frauen, mit Portugiesen verheiratet - sehr verschiedene Perspektiven, sehr verschiedene Lebenswelten, sehr verschiedene Interessen. Skeptisch die einen gegenüber dem, was da passierte, überzeugt, voller Hoffnungen andere.

So kamen wir an, mitten in einen der größten Umbrüche der portugiesischen Geschichte hinein. Zwölf Jahre blieben wir. Als wir dann 1986 gingen, waren wir voll Bewunderung für den Weg dieses Landes in die westliche Demokratie und nach Europa. Welchem anderen Land ist ein solcher Umbruch so gelungen?


Peter Koj:
Die späten 70er Jahre

Wir kamen noch später an: am 1. September 1976 nahm ich meine Lehrtätigkeit an der Deutschen Schule in Lissabon auf. Im Sommer desselben Jahres war bereits die erste demokratisch gewählte Regierung ins Parlament eingezogen (Ministerpräsident: Mário Soares). Trotzdem die Warnung "guter" Freunde in Deutschland: Ihr wollt doch nicht etwa in dieses kommunistische Land gehen! Nun, kommunistisch war Portugal nie. In den besten Zeiten brachte es die PC (Partido Comunista) auf schlappe 16% und war auch sonst eher brav und staatserhaltend, was auf die Infrastruktur der Gemeinden und Bezirke, wo sie die Mehrheit hatte (bes. im Alentejo), sich nur positiv auswirkte.

Trotzdem: es brodelte 1976 noch mächtig. Die rechten Gegenputschversuche des Generals Spínola und des Oberst Jaime Neve waren zwar vereitelt worden, doch nun begann das Tauziehen um das politische Gesicht des neuen Portugals erst richtig. Der erste vom Volk demokratisch gewählte Staatspräsident Ramalho Eanes (vom Voksmund wegen seiner ernsten Miene cara de pau - "Holzgesicht" genannt) lieferte sich einen persönlichen Machtkampf mit Mário Soares (Spitznamen: bochechas - "Bäckchen" oder auch rei Mário - "König Mário") und schöpfte alle die ihm verfassungsmäßig zustehenden Rechte aus, um diesem in die Parade zu fahren. Er setzte die von der PS geführte Minderheitsregierung ab, als er diese für nicht mehr regierungsfähig hielt, und bestellte verschiedene, jeweils nur sehr kurze Zeit amtierende, provisorische Regierungschefs.

Dazu immer noch reichlich comícios - Kundgebungen, auf denen viel geredet, Slogans skandiert und gesungen wurde, aber auch Umzüge und Streiks (besonders unangenehm die der Verkehrsbetriebe). Es herrschte eine unglaubliche Aufbruchsstimmung und ein lebhaftes politisches Engagement bis in die untersten Schichten, welche das Jahrhunderte alte Klischee vom armen, aber zufriedenen portuguezinho Lügen strafte. Die Künste blühten auf und schienen förmlich zu einer kulturellen Aufholjagd des in der "langen Nacht des Faschismus" Versäumten zu blasen.

Besonders deutlich war das im Theater spürbar, wo der Blaustift der Zensur nun nichts mehr zu sagen hatte. Faszinierende Aufführungen von hohem künstlerischen Niveau habe ich gesehen, an der Praça da Espanha im Teatro Aberto und in der Comuna, in der Cornucópia im Bairro Alto, aber auch in dem kleinen Theater an der Rua Alexandre Herulano, A Barraca. Hier konnte ich Portugals wohl hochkarätigste Schauspieler wie Maria do Céu Guerra und (den inzwischen verstorbenen) Mário Viegas aus nächster Nähe agieren sehen. Doch auch Zeca Afonso tauchte hier auf und sang fröhlich in dem von ihm vertonten Stück Zé do Telhado (ist eine Art portugiesischer Robin Hood) seine Couplets aus der zweiten Reihe mit.

Natürlich gab es auch Engpässe in der Versorgung, selbst in den Grundnahrungsmitteln. Doch wenn meine Frau mit der damals noch kleinen Nora an der Hand in unserer mercearia auftachte, wanderte die Hand der Verkäuferin schon mal unter den Kassentisch und zauberte eine Tüte der angeblich nicht lieferbaren Milch hervor. Besonders betroffen waren VW-Fahrer, für deren Gefährt es keine Ersatzteile gab: nach Auskunft der Werkstätten eine gezielte Destablisierungsmaßnahme der deutschen Zulieferer, um eine Verstaatlichung der Betriebe zu verhindern.

Doch das stagnierende Wirtschaftsleben hatte auch seine positiven Seiten, zumindest für uns ausländische Gäste. Alles ging damals sehr entspannt und rührend unkommerziell zu. Die finanzkräftigen portugiesischen Familien hatten sich ins Ausland abgesetzt oder hielten sich zumindest bedeckt. Auf den Straßen friedliches, reduziertes Verkehrsaufkommen ohne rasende Sportwagen oder die heißen Rennstühle der queques (= reiche junge Leute von der linha, den westlichen Nobelvororten Lissabons). Restaurants und Hotels waren sehr billig und fast immer leer. Selbst die Pousadas waren damals erschwinglich und Vorbuchungen waren nicht nötig. Die große Bauwelle war noch nicht über Portugal hinweggerollt und so präsentierten sich ganze Landstriche, auch des Algarves, noch in ihrer ursprünglichen Schönheit.

An der Deutschen Schule tauchten peu à peu "neue" Schüler auf, die von den Klassenkameraden freudig begrüßt wurden. Es waren Kinder von Familien, die sich gleich nach der Revolution in das Ausland abgesetzt hatten, zumeist nach Brasilien. Wieweit die Gründe für ihre "Flucht" berechtigt waren oder nicht, mag dahingestellt sein. Auf jeden Fall hatten sie, als sie Ende der 70er Jahre wieder in Portugal auftauchten, keinerlei Probleme, sich schnell wieder zu integrieren und an die alte wirtschaftliche und gesellschaftliche Rolle anzuknüpfen, die sie während der Salazarzeit gespielt hatten.

Es gab keinerlei "Hexenjagd"; der Premierminister Cavaco Silva trieb Anfang der 90er Jahre die portugiesische Sanftmut sogar so weit, daß er ehemaligen PIDE-Schergen, an deren Händen noch Blut klebte, nicht nur Amnistie erteilte, sondern eine fette Pension auszahlte. Als wir 1983 nach Deutschland zurückgingen, waren alle die nach Brasilien "ausgewanderten" portugiesischen Finanz- und Politgrößen zurückgekehrt, allen voran António Champalimaud, der seine Position als Portugals größter Finanzmagnat längst zurückerobert hat.

Marcello Caetano, der letzte Regierungschef des vorrevolutionären Portugals, hat allerdings die alte Heimat nicht wiedergesehen: er verstarb in Brasilien und liegt dort beerdigt. Dagegen zog es den hochbetagten Américo Tomás sehr bald in seine kleine Villa in Estoril zurück. Er war 14 Jahre Marineminister gewesen (1944-58) und wurde aufgrund eines Wahlbetruges Staatspräsident, ein Amt, das er bis zur Nelkenrevolution bekleidete. Sein ihm angeblich unterlegener Gegner, der General sem medo Humberto Delgado, wurde kurz darauf von der PIDE liquidiert. Seine Mörder sind namentlich bekannt, wurden jedoch nie zur Rechenschaft gezogen.

Einer von ihnen, Rosa Casaco, besuchte kürzlich Lissabon, icognito, wie es hieß. Aber wiederum doch nicht so icognito, daß die Medien (vor allem die Wochenzeitung Expresso) darüber nicht breit berichteten. Vergangenheitsbewältigung à portuguesa. Mit Américo Tomás rechnete das portugiesische Volk auf seine unnachahmliche Art ab: gewaltlos, mit den Waffen des Spotts. Américo Tomás, die Marionette Salazars, der Presidente corta-fita (d.h. der bei der Eröffnung von neuen Straßen, Brücken, Stauseen etc das Band durchschnitt), der in seiner schmucken Admiralsuniform den Estado Novo wie kein anderer repräsentierte, wurde von den Portugiesen kurzerhand zum Wunderkind befördert. Begründung: er konnte mit 2 Jahren schon so gut schreiben und lesen wie als Staatspräsident.





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Portugal-Post Nr. 6 / 1999

















Regina Correia















































































































































































































































































Peter Koj